Rio Antigo Etapa Lapa - Divulação

PROGRAMAÇÃO

ETAPA LAPA
12 de MAIO de 2013 – Domingo

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Largada e Chegada:Arcos da Lapa

Transporte Oficial:


Distâncias:5K - Corrida e Caminhada10K - Corrida

Horário da largada:8h00 - Todas as categorias e distâncias

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RETIRADA DE KIT E CHIP DE CRONOMETRAGEM:

KIT
(Número de peito, alfinetes, sacolinha (tipo mochila) e camiseta em Poliamida)

Local:

Á definir

Data e Horário:
09/05/2013 (quinta) – horário das 09h00 as 18h30;
10/05/2013 (sexta)- horário das 09h00 as 18h30;
11/05/2013 (sábado) – horário das 9h00 as 17h30.

Vem aí Etapa Lapa!
O relógio de 2013 já foi disparado, prepare-se para um ano de muitas passadas e kms a perder de vista!
Inscrições abertas para o segundo desafio do Circuito Light Rio Antigo de 2013 – Etapa Lapa
Ficou na expectativa? Então, corra e aproveite o preço promocional de R$60,00* (sessenta reais) até 30/04/2013 ou até atingirmos o limite técnico para realização do evento.
*mais (+) o valor da taxa de comodidade paga pelo atleta na hora de realizar a inscrição on-line.
Preço Promocional
Preço Promocional : R$ 60,00 *Período de 11/03/2013 a 30/04/2013 ou enquanto houver inscrições

Após 01/05/2013 a 06/05/2013 – Preço Normal de R$ 75,00*

Encerramento das inscrições dia 06/05/2013.

ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE A LAPA

Seu nome e seu passado estão associados a formação da sociedade carioca. Mas quando falamos em sociedade carioca, não falamos dos ricos que compõem a High society que está localizada em bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Estamos mesmo é falando do boêmio, do samba, do malandro, do capoeira... Estamos falando da Lapa.

O local da largada desta etapa do Circuito Rio Antigo é citado e pintado por viajantes desde o século XVI, quando somente era uma várzea com lagoas, boas para a criação do gado, mas ficou marcada na memória de todos quando seu aqueduto passou a ser retratado, sendo uma referência para pintores e fotógrafos do cenário carioca. Sim. Os Arcos da Lapa são um aqueduto. Inspirado no Aqueduto de Lisboa – o mesmo que resistiu ao terremoto de 1755 – sua obra foi iniciada ainda no século XVIII, no período colonial, pelo Governador Geral Ayres Saldanha, mas a conclusão da construção se deu no Governo de Gomes Freire (nome de uma das suas ruas mais famosas). Este aqueduto era responsável por trazer as águas do Rio Carioca que nascia na Floresta da Tijuca até o centro urbano, mais especificamente a um chafariz que recebeu o mesmo nome, que ficava em um largo aos pés do convento de Santo Antônio, mas que o avanço da modernização urbana apagou da nossa arquitetura. A obra de tão resistente, passou a ser usada como via de bondes para Santa Tereza, quando criamos um sistema de água encanada em nossa cidade.

O que chamamos de Lapa é uma freguesia que se limita dos Arcos a Rua Augusto Severo, da Rua das Marrecas até a Rua da Glória. Originária de um Largo que existiu compreendido neste espaço associado à Igreja da Lapa e ao Morro do Desterro que hoje conhecemos como Santa Tereza era a Lapa um pedaço de terra entre o morro e o mar. Mas as casas de show, de samba e de até rock progressivo que seguem a Av. Mem de Sá, Rua do Riachuelo se determinam como Lapa. Afinal, a Lapa, lugar mutante, vivo, já foi bucólica, marginalizada e atualmente passou a ser endereço chic da cultura carioca.

Os malandros como Madame Satã e Meia Noite foram ícones de seu tempo. Dizem que o uso da palavra encrenca começou na Lapa, com as Polacas da Rua das Marrecas que quando não queriam atender a um marinheiro diziam estar com encrenck. Sambas e musicas cantaram a Lapa e suas mulheres. A politica também foi atuante neste espaço, desde a hospedagem de embaixadores e senadores no Grande Hotel, hoje Sala Cecilia Meireles, quanto na campanha de moralização pública da ditadura do Estado Novo, da nova realidade da Segunda Guerra Mundial até a proibição do Jogo no Brasil. O Bar Adolph virou Berlim e virou Luiz se mudando para a Rua da Carioca anos depois. O Bar Viena Budapeste também mudou de nome em tempos de guerra. Virou Casanova e permaneceu assim até seu fechamento.  A Lapa é a Lapa. Tantas coisas, tantas histórias de uma cidade inteira em apenas um pedaço, em uma lapa de cidade.

A Lapa é, foi, e me arrisco afirmar que vai continuar sendo, ponto de inspiração para vários artistas. Seu espaço eclético de perfeita comunhão entre cabarés, clubes e botequins teve como personagens desta história ninguém mais ninguém menos do que Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Zeca do Patrocínio, Manuel Bandeira, Luiz Martins, Sergio Buarque de Hollanda, entre outros. Até Candido Portinari teve ateliê por lá nos anos 30. Mario Lago, ator e compositor de Ai que saudades da Amélia, afirmou que a Lapa foi o chão de todos os seus passos.

E pra vocês corredores, que agora vão dar suas passadas por lá, boa prova!

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